Primeiro, vamos pensar sobre o sistema econômico que vivemos na atualidade. Neste, a grande maioria das pessoas ocupa a base de uma pirâmide que sustenta alguns poucos privilegiados no topo. Na base estão os mais pobres e excluídos, entre eles os trabalhadores braçais, mulheres, negros, indígenas e transsexuais. Um modelo econômico baseado na exclusão, na exploração, no endividamento e na desigualdade. Então, quando nos referimos à pirâmide financeira, estamos falando do sistema em que vivemos, de um modelo financeiro e social que é herança da transição medieval para a atualidade. 

O Tear dos Sonhos se baseia em outro paradigma: é um sistema de economia circular no qual  o fundamento é a doação. É um coletivo inclusivo, que  beneficia a todas e todos, de forma circular, numa jornada de autoconhecimento e realização de sonhos.

Em uma pirâmide financeira, as pessoas sequer se conhecem e aqueles que estão na base sustentam os que estão no topo e ganham uma quantidade desproporcional em relação ao dinheiro investido. No Tear dos Sonhos os ganhos não são financeiros, porque não fazemos investimentos e não buscamos lucro. Doamos um valor em dinheiro para a pessoa que tem a chance de realizar o sonho. Ao completar essa jornada, a pessoa se retira, e abre espaço para outra pessoa realizar seu sonho. Portanto, não há topo, nem divisão de porcentagens. Ao tecer formamos uma equipe que atua coletivamente para fortalecer laços de respeito e união.  

Tecer é abrir nossas percepções para as infinitas possibilidades de ser e estar no mundo de forma harmônica e consciente, superar paradigmas de escassez e de esforço, em direção a um viver mais justo e equilibrado.